segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um Show ou um Espetáculo? (sobre o show da Restart em CG)

No dia 21 de Abril de 2011, eu chegava de mais uma viagem a trabalho. Muito cansado, pois a viagem tinha sido muita longa, era por volta das 18h e decidi ir a um show de uma das bandas que mais sofreram preconceito dentro do banco de dados da minha memória musical. RESTART. Uma banda de jovens – pra não dizer guris – que fizeram – e fazem- um sucesso absurdo. Porém, foram alvo de muitas críticas a seu visual e seu som. Abusam das cores e irreverência em suas aparições públicas. Em fim, pelo contrário do que muita gente acredita, eu – Hugo – nunca tinha parado para ouvir o cd dos meninos, nem DVD, nem acompanhei a carreira deles. Sei o que a maioria das pessoas sabem: conquistam a todos os adolescentes e causam ânsia na maioria dos jovens mais velhos e que se dizem “roqueiros”. Bom, como eu ADORO assuntos que causam polêmicas, tive que conferir o show deles pra ver até onde é verdade o que falam deles, embora eu já tinha uma leve inclinação a achar os caras bons. 
                Lá pelas 22h eu estava a caminho do Parque de Exposições Laucídio Coelho, onde seria realizado o Show. Ao chegar, fiquei espantado que não havia congestionamento – quem conhece o evento sabe que SEMPRE é um tumulto muito grande em época de Exposição – e logo me toquei que o show da banda Restart e que nenhum, ou quase nenhum jovem “motorizado” iria ao show dos caras. EU fui. Como não consigo mais freqüentar ambientes musicais simplesmente pra “curtir”, sempre me pego prestando atenção a tudo que cerca o evento. Produção do evento, produção da banda, palco, luz, som, cenário, equipe, segurança, andamento. Dessa vez não foi diferente e, dessa vez, fui especificamente pra isso. Cheguei na área do show exatamente na abertura do Espetáculo. Me deparei com algo que normalmente não tenho visto em shows de bandas grandes...um palco totalmente iluminado...isso foi uma das primeiras coisas que me chamou a atenção...um set de luz bem simples, porém, diferente e interativo...era cerca de 10 mooving’s em cima e no fundo...uns mini-brutis espalhados pelo palco e alguns estrobos por ali também...Mas vamos pelo início. Como não conheço as músicas, só aquelas que vocês também conhecem...é...aquelas que tocam nas rádios e TODOS vocês já cantarolaram algum dia por ai...enfim, uma introdução muito energizante e empolgante. Todos os adolescente ali presentes entram em estado de choque com a pancada que foi a primeira música. Achei tudo muito bom...som – era um cd – não tinha um volume muito alto, mas a qualidade era inexplicável...tudo muito bem timbrado e mixado...a luz...perfeitamente sincronizada...mas não me empolguei muito..alias...era apenas a primeira música. Com o passar das outras músicas, percebi que não é somente uma equipe técnica muito boa...era tudo muito ensaiado...mas tudo MESMO...quando percebi isso, Pê Lanza ainda nem tinha dados o “Boa Noite”. Quando ele abriu a boca para dar as boas-vindas a festa deles e falar com a galera...vi que além de uma boa equipe técnica, me convenceu que também têm uma super produção por trás. Um palco totalmente limpo...sem fios...amplificadores...grides...um palco de banda gringa...um praticável para a bateria em formato de escada...onde eles podiam subir e descer a medida que quisessem ou que chegasse a hora ensaiada...mas como assim a hora ensaiada Hugo
? isso mesmo “meo”...como já disse antes...TUDO era muito bem ensaiado...alguns pontos do palco são marcados para certos momentos eles se posicionarem...e a luz os foca e dão um clima mega hipnotizante. Ainda não mencionei os vídeos no telão de led. Vídeos muito bem elaborados pelo técnico de Led que da muito sentido junto a música. Isso da uma dinâmica muito grande ao show. Alguns eram sincronizados com o áudio que executam do computador que complementam os áudios dos instrumentos tocados ao vivo...e diga-se de passagem...para aqueles que insistem em não saber e julgar...MUITO bem tocados...os muleques tocam de verdade...e cantam também...podem existir pessoas que não gostam das melodias, letras e riffes criados por eles...mas em hipótese alguma podem mencionar que não tocam bem. Eu não seria capaz de julgar um bom músico...sem que ele seja. Até essa altura do show, que deveria ter mais ou menos uns 45 minutos do inicio, já estava sendo surpreendido a cada musica – com a luz principalmente - , eles saem do palco e no telão mostra o vocalista como se fizesse um striper...e como se ele estivesse atrás do telão. Em um segundo ele aparece na frente do telão a cima da bateria. Isso REALMENTE foi impressionante. Imagina paras as adolescentes histéricas? Bom, como se não bastasse, começaram Michael Jackson e, ele dançou meo...dançou como o “cara” andou pra trás e tudo. E quando ia começar a cantar...eles param e começam outra musica deles...o publico foi ao delírio. O show é exclusivamente para o público. Não é simplesmente um bom show. É voltado totalmente para o público. Os elementos, os arranjos, as brincadeiras, as surpresas. Uma das vezes que saem do palco e fica tudo apagado, o outro Pê – guitarrista e vocal – aparece sozinho com o violão e a luz só nele. Faz alguns acordes e diz que vai cantar a próxima música para alguma menina e escolhe a sortuda. Ele vira de costas pra platéia e canta só p ela...quando ela acha que já está bom de mais pra ser verdade, entra o vocalista e a puxa para o centro do palco, ajoelha e continua cantando pra ela...e fica uma disputa entre os dois...por ela...imagina quantas garotas queriam estar no lugar dela...isso sim – na minha opinião – é um saber seduzir seu público. Quando chega a hora do baterista, ai que – mesmo quem não entende – percebe o poder e a qualidade da iluminação do show. Todas as luzes focam em Thomas onde faz um solo interagindo com a galera. Aos poucos, entram os outros meninos em cada ponto específico do palco e a luz apresenta cada um deles na hora de seus riffes. Quando se aproxima do final, começam com uma introdução modificada e bem pesada...quando todos percebem que música é...”ai meu Rei” NINGUEM ficou parado...nem os VÁRIOS pais e mães que estavam presentes...“Recomeçar” chama a música...a primeira single deles. Com um final totalmente pra cima...Pê Lanza sobe no gride lateral e fica em cima do side...uma atitude total rock’d roll...finalzam com muito barulho e strobo até deixarem seus instrumentos com os roadies em se abraçarem para agradecer seu público mais que fiel – e que depois desse show, com certeza irão ficar mais ainda -.
                Na minha humilde opinião, cada vez mais acredito que quando alguém julga algo com muito negativismo, é por que realmente não sabe do que esta falando. Restart é uma banda de caras que como quase todas as bandas, se iniciaram quando muleques, a diferença deles é que após passar algum tempo desde que ficaram conhecidos nacionalmente – e eu sei que noa eram tão bons assim – hoje, eles sabem sim o que estão fazendo. Têm uma super produção por trás e uma equipe técnica muito profissional. Não é qualquer um que consegue fazer um show virar um espetáculo. E foi isso que eles fizeram. Portanto, se você é um daqueles que falam mal de Restar e, mesmo após ler esse meu post continua achando...sugiro que vá ao show...mas se você não tem coragem...considere-se um analfabeto musical. Não deixem o “GOSTO” julgar a capacidade e profissionalismo de ninguém.
@Hugo_zk

Um comentário:

  1. Tem muito invejoso e tem muito ignorante. Tem também os recalcados.

    Os guris do Restart são talentosos, sim.

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